segunda-feira, novembro 26, 2007

A Teoria dos Sistemas
Um recado no orkut, em que um amigo pede para você entrar em um site específico. Mensagens no MSN com links estranhos. Basta um clique para seu computador inteiro estar infectado. Assim funcionam os vírus, eles entram em contato com o sistema e o infectam, afetando mais ou menos o desempenho do equipamento. E o computador fica debilitado de uma maneira geral, não se restringindo em determinado programa conforme o vírus.
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Não sei se todas as coisas podem se enquadrar na teoria dos sistemas, mas cada dia mais eu me convenço que um grande número faz parte dessa categoria de coisas. O organismo é o exemplo mais claro. Uma pessoa obesa, por exemplo, passa a ter dores nas articulações, dificuldades para respirar, problemas cardiovasculares. Tudo isso devido a um período em que ingestão de calorias foi maior do que o seu gasto calórico diário. Uma das alternativas para melhorar o seu quadro é a prática de exercícios físicos, mas existem as dores que a impedem de praticar. Os exercícios poderiam ter resolvido parte desse quadro, pois muitas vezes a ingestão excessiva de calorias acontece devido à ansiedade. A ansiedade é problema que um esporte poderia solucionar, pois através de sua prática o organismo regula a liberação de serotonina, tendo um efeito análogo de quem utiliza a fluoxetina, utilizada por pessoas que querem perder peso. Então a pessoa continua sem resolver o problema da ansiedade, o seu quadro permanece sem perspectivas de melhora e, além disso, surgem problemas de auto estima, provocados pelos comentários das pessoas e da própria percepção da imagem corporal. A pessoa torna-se cada vez mais deprimida e acomodada. Então esse é um exemplo claro de que um fator interferiu em vários outros, até mesmo na vida pessoal da criatura em questão.
E quantas outras coisas recebem influência? Eu imagino que muita coisa que a gente pense que possa viver isoladamente deve afetar várias outras áreas de nossa vida. Se eu fizer um curso todas às segundas-feiras eu não vou afetar somente os compromissos que eu tenha nesse dia da semana, mas várias outras coisas vão ser influenciadas por isso.
Bom, e como o sono às vezes me tira um pouco da criatividade, vou parar por aqui.

segunda-feira, agosto 27, 2007


O julgamento de Nuremberg


O julgamento de Nuremberg (gravado no ano de 2000) apresenta a história pós 1945, pós suicídio de Hittler, pós devastação de países, mortes, extermínios, etc. Trata sobre alguns dos principais líderes nazistas sendo julgados no Tribunal promovido pelos Estados Unidos, França, Rússia e Inglaterra, as quatro potências da época.
Chama atenção como é abordado sobre o comportamento dessas pessoas. Pessoas que obedeciam ordens, agiam de forma quase que inconsciente em nome da obediência, sem refletir sobre seus atos. E a definição do mal como sendo a falta de empatia, o não sentir-se bem entre as pessoas. Pessoas frias, algumas arrependidas, tomando consciência, mas quais delas não cometeriam seus erros novamente?
E quem de nós não repetiria os nossos erros, aqueles dos quais nos dizemos arrependidos?

quinta-feira, agosto 09, 2007



Invasões Bárbaras


Mais uma vez, aquilo que se pode chamar de acaso, mostra a sua face. Uma simples combinação de fatos fez com que eu pudesse assistir Invasões Bárbaras - logo depois de ter visto A Sociedade dos Poetas Mortos, pela quadragésima oitava vez. Sabe quando você espera chegar em casa e ficar na frente da lareira até o sono chegar? Então aquele DVD surgiu na minha frente com o intuito de me fazer ficar acordada por mais um tempo. Não pude desperdiçar a oportunidade. Pessoas falando em francês num filme cujo nome estava escrito em um post-it no meu desktop há aproximadamente um ano.
Francês, sabe, não há sono que resista.

Premiações
- Ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, além de ter sido indicado na categoria de Melhor Roteiro Original.

- Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.

- Recebeu 2 indicações ao BAFTA, nas seguintes categorias: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original.

- Recebeu 4 indicações ao Cesar, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro e Melhor Revelação Feminina (Marie-Josée Croze).

- Ganhou os prêmios de Melhor Atriz (Marie-Josée Croze) e Melhor Roteiro, no Festival de Cannes.

- Ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, no European Film Awards.

- Ganhou o Grande Prêmio Cinema Brasil de Melhor Filme Estrangeiro.



sábado, maio 05, 2007

Nos bastidores de o livro estelar

Havia um clima de decisão no ar, do jeito que só uma noite de sexta-feira é capaz. A doutrina abraçada havia completado 150 anos naquela mesma semana, então os pensamentos estavam toda hora voltando para a sua comemoração. Aquele aniversário precisava ser festejado de alguma forma especial e, para uma doutrina bem fundamentada, nada melhor do que relembrar a sua origem, a sua proposta, o esforço empregado na sua codificação, a reflexão exigida.

Devido a uma forçada coincidência, pude reservar um tempo para assistir a exposição doutrinária de um pequeno grande amigo. Com o título “O livro estelar”, o expositor relembrou-nos dos fatos que motivaram Allan Kardec a prosseguir na codificação espírita. Relembrou-nos que mesmo nos momentos mais difíceis do trabalho, quando as críticas não paravam de surgir, o codificador conseguiu forças para recobrar seu ânimo, observando a beleza da obra e todas as suas conseqüências nas vidas de pessoas até mesmo desconhecidas. Uma exposição em parte histórica, em outra motivacional, do tipo que faz as pessoas saírem com um impulso para seguir no trabalho pela doutrina.

Ao final da palestra, conversando com os amigos, surge uma explosão de alegria do lado de fora da casa espírita. Como já estávamos falando em imortalidade, a associação foi imediata. Já sabia do que se tratava a comemoração, mas não conseguia acreditar. Fui correndo para ficar o mais próximo possível da fonte de informações: a televisão do posto de gasolina.

O Grêmio, imortal tricolor, que vinha desacreditado durante aquela semana, sofrendo duras críticas, mostrava o melhor de si. Aos 20 minutos do primeiro tempo conseguia marcar o seu segundo gol, de uma partida que exigia no mínimo 3 a zero para que se pudesse seguir adiante na disputa. O Grêmio foi maior do que poderíamos imaginar. Conseguiu reverter uma péssima situação, a desvantagem de três gols, tudo isso graças à superação, a motivação, a crença de que cada um daqueles jogadores era maior que o adversário, maior que suas dificuldades. Maior que o mundo. Foi assim que o Imortal sempre conseguiu reverter as adversidades e é orgulho do estado do Rio Grande do Sul, fazendo suas façanhas de exemplo para todos nós.

Deus é gremista, só pode ser!

sexta-feira, abril 27, 2007

150 ANOS DE ESPIRITISMO

Este é um ano muito especial para os espíritas. Estamos comemorando os 150 anos de Doutrina Espírita. Em 18 de abril de 1857 foi lançada a primeira obra espírita, aquela que é considerada o marco inicial do Espiritismo: O Livro dos Espíritos.
Na Europa após a desencarnação de Allan Kardec a doutrina continuou se expandindo para o mundo através do trabalho de pessoas ilustres como Leon Denis, Camille Flamarion e Gabriel Dellane.
O Livro dos Espíritos é o principal de toda a literatura espírita, pois nele estão contidos os princípios básicos que regem a doutrina. Todo aquele que deseja se tornar um adepto do Espiritismo deve tê-lo como base, conforme orientou o codificador da doutrina Allan Kardec.
Codificado por Allan Kardec e ditado por espíritos superiores, O Livro dos Espíritos consegue trazer unidas a fé e a razão, por mais que muitos acreditem no antagonismo dessas palavras. Trata sobre diversas questões do pensamento humano, como a existência em Deus, a vida após a morte, a reencarnação, as desigualdades sociais, mortes prematuras, entre outros diversos questionamentos que nos fazemos ao longo da vida. A partir dessas questões, o Espiritismo nos conduz a uma reflexão a respeito de nossos comportamentos e atitudes, conduzindo o homem a buscar a sua própria felicidade.
Alguns exemplos de espíritas que encontraram a sua felicidade através do trabalho no bem são Francisco Cândido Xavier, com sua notável mediunidade e suas obras sociais, Divaldo Pereira Franco e José Raul Teixeira, com suas conferências, seus livros e projetos sociais, assim como o incansável esforço de pessoas anônimas, fazendo com que o Espiritismo tenha essa expressiva força na atualidade.
Observando a clareza dos seus ensinamentos, a forma como se espalhou pelo mundo, podemos imaginar o futuro dessa doutrina que certamente marcará uma nova Era na história da humanidade.
Por essa razão, durante o mês de abril as sociedades espíritas estarão empenhadas em divulgar e estudar O Livro dos Espíritos. Teremos o Congresso Espírita Brasileiro em Brasília, organizado pela FEB (Federação Espírita do Brasil), que congregará adeptos do país inteiro e o Congresso Espírita Mundial na Colômbia, promovido pelo CEI (Conselho Espírita Internacional).
É o momento para refletirmos sobre os sublimes ensinamentos contidos nesta obra, que tanto tem nos felicitado. Analisarmos nossas ações cotidianas, nossas atividades em prol do bem. Repensarmos sobre nossa colaboração para o futuro dessa querida doutrina.
Àqueles que desconhecem o Espiritismo convidamos a conhecê-lo através da leitura dos livros de Allan Kardec, da visita aos centros espíritas e da participação em seminários.


Escrito por Liége Jorgens e Michel Macedo
Publicado no jornal Diário Serrano em 18 de abril de 2007

domingo, abril 01, 2007

Sobre a natureza humana

Poucas coisas podem ser comparadas com os sentimentos que animam o ser humano. Talvez o adubo seja a melhor comparação. É inegável que a natureza humana, em geral, é uma das coisas mais podres de que temos conhecimento. Fraternidade, caridade, lealdade estão em extinção. Cultivar amizades você pode até fazer, só não espere recebê-las de volta. As pessoas sabem falar em nome da paz, da abnegação, da vontade de mudar o mundo, mas não agem tal qual apregoam. É fácil falar em uma revolução social, difícil é fazer isso acontecer nas nossas relações, na convivência com pessoas próximas. É fácil discursar o que os outros querem ouvir, quero ver falar a verdade, aquilo que passa no íntimo. Estou para ver alguém que fale com verdade sobre seus reais sentimentos e intenções. É comum ver as pessoas ajudam em projetos sociais, em obras de caridade. É louvável. Mas será que essas pessoas fazem bem para quem está próximo? Será que ajudam ou prejudicam quem está ao seu lado? Então caem todas as máscaras. Se você precisa de ajuda, tudo bem, mas se você precisa de ajuda que implique em esforço e abnegação de outros, bom, aí você conte apenas consigo mesmo, não espere o melhor de ninguém, só de si mesmo. É isso aí, no fim das contas, é o amor próprio que prevalece, mesmo que seja à custa do próximo mais próximo.

Sabendo disso, o que fazer? Partir sempre do pressuposto que todos vão te apunhalar pelas costas? Não considerar ninguém como amigo e tratar todos com distância? Agir sempre pensando em si mesmo, sem abnegar nada? Não olhar para nada além do seu objetivo, doa a quem doer? Não sei, mas que pagaria para não ter a necessidade de pensar nisso, mas aí dou de cara com a realidade para me fazer acordar.

terça-feira, março 27, 2007

Petter Pan

Acordar de manhã cedo por nenhum outro motivo a não ser assistir todos os desenhos da programação, passar a tarde no colégio brincando de aprender ou aprender brincando, poder correr nos intervalos, cair um tombo de ralar os joelhos sem se preocupar que não vai poder usar saia por uns dias e ainda poder passar o resto do dia brincando na casa dos vizinhos com o único compromisso de manter o caderno e a tabuada em dia. Não pode ter coisa melhor que isso, mas a verdade é que nunca pedi pra crescer, nem para poder passar esmalte ou maquiagem. Queria ser pequena para sempre.

domingo, janeiro 07, 2007


Elefante

A capa do filme me chamava a atenção em algum canto das prateleiras de qualquer vídeo-locadora, como que suplicasse para ser visto. Sempre tinha algum outro filme que alguém tivesse comentado para alugar, então Elefante acabava sendo deixado de lado, quase que predestinadamente.

Agora eu entendo o motivo.

Elefante tem uma ótima fotografia. E teve um pretexto para ser feito. E hoje percebo que isso não é o bastante. A fotografia é fundamental em um filme, pois é o que me chama mais atenção. As cores utilizadas, os ângulos em que as pessoas são filmadas, a disposição dos objetos em cena. Tudo imprescindível. Elefante tem isso, mas não foi o suficiente. Teve um objetivo final, mas não me alterou em nada. Terminou o filme e eu continuei a mesma. Qual a moral do filme? Que não devemos fazer bullying com ninguém? Nenhuma novidade. Que estamos sujeitos a interromper a vida de um instante para o outro? Sim, é a condição dos humanos.

Vou procurar algumas críticas do filme, mas ele em si não me provocou. Não é tão enigmático quanto a capa. Será que a moral é não julgar o filme pela capa?